domingo, 16 de setembro de 2012

Em um ano Mortalidade infantil cai 15% no Vale do Ribeira


Em um ano Mortalidade infantil cai 15% na região

Na comparação com o ano 2000, o Vale do Ribeira registrou queda de 49%
Vale  
No ano passado, a mortalidade infantil sofreu queda de 15% na região administrativa de Registro na comparação com 2010. O índice ficou em 10,1 óbitos a cada mil nascidos vivos, ante 11,9 em 2010. Em números absolutos, significa que 42 crianças menores de um ano morreram na região no ano passado. Os dados fazem parte do levantamento da Secretaria Estadual de Saúde e da Fundação Seade, divulgado no início da semana.O Vale do Ribeira apresentou a segunda maior redução entre as regiões, ficando atrás apenas da DRS de Presidente Prudente, que diminuiu quase 20% o número de óbitos de menores de um ano. Em relação aos números do ano 2000, a queda da mortalidade infantil no Vale é ainda mais expressiva: 49%.
Entre os municípios, as maiores reduções ocorreram em Juquiá (21,4 para 6,8), Cananéia (15,9 para 5,5) e Miracatu (28,1 para 18,8 – ainda bem acima da média regional). Por outro lado, Jacupiranga aumentou de 8,2 (em 2010) para 16,2 (em 2011) e Pariquera-Açu subiu de 13,7 para 17,7. Registro também apresentou aumento na mortalidade infantil: de 6,2 para 10,0, assim como Sete Barras: 9,8 para 14,5 óbitos a cada mil nascidos vivos.
No Estado de São Paulo, a mortalidade infantil caiu 31% nos últimos 11 anos e atingiu, em 2011, o menor nível da história. O índice do ano passado ficou em 11,5 óbitos de crianças menores de um ano de idade a cada mil nascidas vivas no Estado, contra 16,9 em 2000. A taxa coloca o Estado entre as áreas de menor risco de morte infantil do Brasil. A mortalidade infantil é o principal indicador da saúde pública segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
A região de Barretos apresentou, em 2011, o menor índice de mortalidade infantil do Estado, com 8,1 óbitos por mil nascidos vivos, seguida pela região de São José do Rio Preto, com 9,1, e de Presidente Prudente, com 9,9.
De 17 regiões de Saúde no Estado, 12 tiveram, em 2011, redução do índice na comparação com o ano anterior, e 10 atingiram os menores patamares de mortalidade infantil da história. Já em relação aos valores do ano de 2000, todas as regiões apresentaram redução da mortalidade infantil, com destaque para a queda de 52% na de Barretos, 49% na de Registro, 44% na de Presidente Prudente e 42% na de Marília.
Para a Secretaria da Saúde, o aumento do número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal, o aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, a ampliação do acesso ao pré-natal, a vacinação em massa de crianças pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e os investimentos estaduais na saúde básica são alguns dos motivos para a queda na taxa de mortalidade infantil no Estado.
Dos 645 municípios paulistas, 322 apresentaram em 2011 índices de mortalidade infantil inferior a dois dígitos, comparável a países desenvolvidos. Nenhuma região do Estado apresentou índice superior a 16,8. Quanto menor é a taxa de mortalidade infantil, mais difícil conseguir reduzi-la ainda mais.
“A queda no número de mortes infantis é o principal indicador de que as políticas públicas de saúde estão sendo bem executadas. Essa redução só é possível com muito trabalho e com as parcerias entre as demais esferas do SUS (Sistema Único de Saúde), que devem ser constantes", afirmou Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde.



Causas de morte |  As causas perinatais, aquelas relacionadas a problemas na gravidez, no parto ou no nascimento, representaram 57% das mortes infantis. No entanto, esse índice caiu 30% desde o ano de 2000, passando de 9,7 para 6,6 mortes por 1.000 nascidos vivos no período analisado, o que revela o aperfeiçoamento da assistência pré-natal. 

Entre 2000 e 2011 as mortes infantis por malformações congênitas foram as que apresentaram menor diminuição das taxas, de apenas 11%, passando de 2,8 para 2,5 óbitos por mil nascidos vivos.  Já as doenças do aparelho respiratório e infecciosas e parasitárias tem peso relativamente pequeno como causas de morte dos menores de um ano. Em 2011, estes tipos de patologias foram responsáveis por 5,6% e 4,4% das mortes, respectivamente.
Departamento Regional


de Saúde e municípios
Anos (taxa por mil nascidos vivos)
2007
2008
2009
2010
2011
DRS 12 - Registro
           18,0
           13,4
           12,1
           11,9
           10,1
           
Barra do Turvo
           46,2
           18,5
           33,9
           17,1
 -
           
Cajati
           17,0
             7,8
             2,0
             8,4
             7,4
Cananéia
           19,0
             5,1
           11,1
           15,9
             5,5
Eldorado
             8,7
             8,4
             8,1
             8,4
 -
             
Iguape
           16,5
           12,6
           12,0
             8,3
             8,3
Ilha Comprida
           17,7
             7,7
 -
             8,3
 -
Iporanga
           14,5
           14,9
 -
 -
 -
Itariri
           11,2
           15,2
           23,4
           18,0
           22,7
Jacupiranga
           19,5
             3,8
           13,0
             8,2
           16,2
Juquiá
           12,8
           10,9
           16,2
           21,4
             6,8
Miracatu
           17,8
           13,1
           17,1
           28,1
           18,8
Pariquera-Açu
           14,7
           27,7
           10,2
           13,7
           17,5
Pedro de Toledo
           32,5
           37,9
           13,4
             7,7
             6,9
Registro
           20,3
           14,7
           10,4
             6,2
           10,0


Sete Barras
           15,8
           16,9
           22,5
             9,8
           14,5
Fonte: Fundação Seade; Secretaria Estadual da Saúde; Secretarias Municipais da Saúde. Base Unificada de Nascimentos e Óbitos.
Fonte: Jornal Regional Registro - SP

Nenhum comentário: