segunda-feira, 30 de maio de 2011

Senado exclui impeachment de Collor da galeria de imagens da Casa

O Senado excluiu o processo de impeachment do ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) da galeria de imagens da Casa, que conta a história da instituição desde o império até os dias atuais.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), minimizou o fato e disse que o impeachment "não é tão marcante" e "talvez fosse um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil".
Questionado sobre a retirada do impeachment de Collor, Sarney disse que o episódio não deveria ter ocorrido.
"Não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Agora, eu acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente e não devia ter acontecido na história do Brasil. Não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que construíram as história e não os que de certo modo não deviam ter acontecido."
Collor renunciou ao mandato de presidente em 1992 para não sofrer o impeachment.
Opinião:
Chega ser irónico, se quer uma piada de muito mal gosto, em 1992, na praça da Bíblia em Cajati, numa tela de TV preto e branco podemos assistir a derrocada de um presidente, o seu impeachment foi necessário sim.
O confisco da poupança foi o principal.
Produto da mídia, o jovem alagoano Fernando Collor trai a população, confisca poupança e sofre impeachment, caçar marajás brasileiros. Com essa promessa, entra em cena o jovem alagoano Fernando Collor de Melo, que assumiu a presidência do Brasil em 15 de março de 1990, contando com 84,5% da confiança da população brasileira. Discurso bem articulado, corpo atlético, educado, não foi difícil o novo presidente se transformar numa tentativa de salvador da pátria.
Entre as suas nomeações, o sindicalista Rogério Magri para a pasta do Trabalho e Zélia Cardoso para a da Economia. Considerada “dama de ferro”, Zélia foi responsável pela implementação do Plano Cruzeiro, que vinha para substituir o Plano Cruzado. Era o modelo neoliberal dando boas-vindas, permitindo a entrada de produtos importados e fragilizando a economia brasileira.
O duro Plano Collor não deu certo, e a administração do jovem presidente, que ficou mais conhecido por suas excentricidades, foi marcada por escândalos de corrupção, registrando mais de 20 acusações. O confisco da poupança foi o principal.
Mas a farra durou pouco. Logo, os “caras-pintadas” foram às ruas pedir “Fora Collor”. Em setembro de 1992, o presidente foi impeachmado pela Câmara e, pelo Senado, em dezembro. Collor não esperou a consolidação do impeachmeant e renunciou. Mesmo assim, ficou impedido de se candidatar por 8 anos. Em 2006, foi eleito senador de Alagoas com 44,03% dos votos.
Vai ser difícil apagar da mente de pessoas mais esclarecidas, isso é impossível.

Nenhum comentário: