domingo, 22 de maio de 2011

APIAÍ - SP UMA CIDADE DE OURO

De Album com 483 Fotos do Vale do Ribeira
UM   POUCO  DA  HISTÓRIA  DE  APIAÍ, RIBEIRA, ITAÓCA  E OUTRAS  CIDADES  DO  SUDOESTE   PAULISTA   E   REGIÕES
APIAHY – ( APIAÍ ) – Em linguagem indígena significa rio dos meninos.
APIAHY– ( APIAÍ ) – Rio afluente da margem direita do Paranapanema. Nasce das cordilheiras fronteiras ao mar, junto à nascente do Iguape, rega a vila a que dá o nome e deságua no Paranapanema.
APIAHY-  ( APIAÍ ) – Santo Antonio de. Povoação situada OSO. da capital, à margem direita do ribeirão Palmital e na esquerda do ribeirão Água grande.
Sobre a sua fundação eis o que podemos obter.
Foi o seu primeiro fundador Francisco Xavier da Rocha, que havia sido capitão-mor num dos Arrais de Minas Gerais, de onde veio, segundo  consta com 150 escravos, entrando pelo lado de Paranapanema.
 O primeiro sítio onde fez residência foi no lugar chamado Capoeiras, distante duas léguas da povoação; daí alongou-se para os lados onde foi edificada a primeira povoação que  chamou-se  Santo Antonio das Minas.
Fotos :crédito Pedro Henrique Slompo
Em 1735, segundo o primeiro assentamento de batismo da Matriz, já a povoação se denominava Freguesia de Santo Antonio das Minas. A edificação da matriz é tradição que fora pelo dito Xavier e outros, mas que, por desinteligências que tiveram, desgostou-se Xavier e veio estabelecer-se com a sua família e escravos no lugar chamado Rocinha, onde começou um novo arraial, que é hoje a vila de Apiaí.
Fotos :crédito Pedro Henrique Slompo
Neste lugar permaneceu ele por muito tempo minerando no ribeirão Palmital, que nasce nas fraldas do morro do ouro, para onde afluíram os moradores da então vila, atraídos pela riqueza das minas, e onde formaram outra vila com igreja matriz.
Esgotado, porém, o ouro que se podia facilmente tirar, começaram os mineiros a fazer grandes escavações e revolvimento de terras, com o que foram demolindo casas e edifícios, de modo que o povo voltou a estabelecer-se outra vez na Rocinha. 
Daí data a decadência da povoação, que até agora não tem matriz. Esta vila possui quatro capelas: a do Rosário que serve de matriz; as da Boa Morte e São Benedito, a do Senhor Bom da Coluna, no lugar chamado Capoeiras, à duas léguas ou 11,1 quilômetros de distância da vila, e finalmente a do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, cinco léguas ou 27,7 quilômetros distante da povoação, à margem esquerda do rio Ribeira. Foi elevado à vila por ordem do capitão-general D. Luis Antonio de Souza, a 23 de março  1771.
Pode-se afirmar que no espaço de duas léguas, para qualquer dos lados da povoação, não existe lugar algum que não tivesse sido escavado e revolvido pelos mineiros, os quais, desde que cessou a abundância de ouro, se foram mudando.
Dista da capital, que fica a Sudoeste, 56 léguas, ou 311.6 quilômetros, e divide com o município de Itapeva da Faxina, da qual dista 11 léguas ou 61,1 quilômetros, com o Paranapanema 21 léguas ou 16,6 quilômetros, com a freguesia de Iporanga 6 léguas ou 33,3 quilômetros, e com o limite da província do Paraná, pelo lugar chamado Pedra Preta, de que dista 12 léguas ou 66,6 quilômetros; mas acerca das divisas com esta  província  já tem dado questões entre os moradores e as autoridades, dizendo-se também que a colônia de Assungui, administrada pela província do Paraná, acha-se estabelecida em território pertencente ao município de Apiaí.
Esta povoação tem cadeia e casa de câmara em um só e mau edifício; a sua população é de 5.366 almas, sendo 479 escravos.
Eleitores em 1876: 13.
A lavoura do município consiste em cana de açúcar, aguardente, mate e cereais.
Acha-se a 24º  13’  30” de latitude austral e na long. de 328º e 59’ da Ilha do Ferro. 

Tem duas cadeiras públicas de instrução primária para ambos os sexos, uma agência de coletoria de rendas gerais e provinciais, pertencente à Itapeva da Faxina, e uma agência de correio.
 As rendas municipais arrecadadas no ano financeiro de 1869 a 1870 elevam-se à quantia de 601$974.                                 

 * * *  Bom Jesus da Cana Verde  hoje se chama  Ribeira,  faz  limite  e divide o Estado de São Paulo através do Rio Ribeira, ao sudoeste Paulista, com o Município de Adrianópolis – PR.* *  


Fonte  de  pesquisa:
APONTAMENTOS: Históricos,  Geográficos,  Biográficos,  Estatísticos   e   Noticiosos   da   Província  de  São  Paulo.
seguidos da cronologia dos acontecimentos mais  notáveis desde a fundação da Capitania de São Vicente até o ano de 1876 – Coligidos por  Manoel  Eufrásio de  Azevedo  Marques.    Livraria Martins Editora S.A.

Arquivo: email: genmarrosa@yahoo.com.br
Fotos :crédito Pedro Henrique Slompo
por Blog do Camilo  Curiosidades do Vale do Ribeira

Um comentário:

Guia Pedro Slompo disse...

Olá, fico feliz que tenha gostado das fotos. Muitíssimo obrigado por manter a minha assinatura :) e muito obrigado pela postagem sobre a minha cidade,

Abraços, até mais.