Em 2011, foram mais de 45 mil mudas plantadas em contrapartida às obras de duplicação da Serra do Cafezal .
Mais de 98.600 é o número de mudas de árvores que foram, no total, resultantes do plantio compensatório realizado pela Autopista Régis Bittencourt ao longo da BR-116 SP/PR, entre 2008 e 2011. Apenas no ano passado, em contrapartida às obras de duplicação da Serra do Cafezal, foram plantadas mais de 45 mil mudas no Parque Estadual do Rio Turvo, na região do Vale do Ribeira (SP). Ao todo são 25 Programas de Compensação realizados pela Concessionária: nove relacionados às Licenças de Operação (LOs) do trecho sob concessão e 16 referentes às Licenças de Instalação (LIs) de obras de grande porte, como a duplicação da Serra do Cafezal, entre o km 336 e o km 344, e entre o km 363 e o km 367.
Após o Ibama emitir a Licença de Instalação, até o início das obras, a Concessionária deve realizar atividades preliminares do Programa Básico Ambiental (PBA) da LI, que contempla proteção à fauna e à flora, controle de ruídos e monitoramento da qualidade da água, por exemplo. São atividades como a demarcação da área que será suprimida, o resgate da fauna e o mapeamento e o resgate da flora ameaçada de extinção, entre outros. Os programas das LOs contemplam gestão ambiental, monitoramento de recursos hídricos, educação ambiental e recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP), entre outros. Para os programas das LIs, além das atividades acima, devem ser realizadas ações relacionadas à arqueologia, desapropriação, proteção da fauna e da flora, recuperação de áreas degradadas e, até mesmo, transporte de cargas perigosas. Por exemplo, para a duplicação da Serra do Cafezal, uma empresa especializada e credenciada apresentou projeto de prospecção arqueológica que foi aprovado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em portaria publicada no Diário Oficial da União. Equipes habilitadas realizaram o trabalho de prospecção em campo, não tendo identificado, nas áreas estudadas, indícios ou ocorrências de sítios arqueológicos, o que não dispensa o acompanhamento das intervenções quando da realização das obras, com especial cuidado nas escavações.
O plantio compensatório de espécies florestais nativas é um procedimento adotado para contrabalançar ou compensar os impactos ao meio ambiente, em especial em casos em que ocorre a supressão vegetal para realização de obras. Esse plantio recupera a área degradada com mudas da mesma espécie em locais próximos à rodovia, licenciados para essa finalidade, ou em outra área de relevante importância ecológica.

Fonte: Diário de Iguape