quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ronco e paradas respiratórias à noite podem indicar apnéia do sono

Bem Estar convidou a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono.
Cardiologista Roberto Kalil falou sobre como problema afeta o coração.

Dormir ao lado de alguém que ronca não é tarefa fácil. No Brasil, 30% dos homens têm esse problema, contra 10% das mulheres. Mas quem produz o barulho também sofre, muitas vezes sem saber. Isso porque ele pode indicar um distúrbio mais grave: a apneia do sono, que provoca pequenas e constantes paradas respiratórias durante a noite.
Para aprofundar as causas e consequências desse transtorno, que muitas vezes também desencadeia alterações cardiovasculares, o Bem Estar desta terça-feira (31) convidou o cardiologista Roberto Kalil e a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono  e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Apneia do sono (Foto: Arte/G1)
A apneia também leva a microdespertares, uma forma de o cérebro forçar o indivíduo a respirar. Alguns têm flacidez nos músculos da faringe e, quando deitam, o palato mole (“campainha”) vai para trás e obstrui ainda mais a passagem do ar.
Beber demais e estar cansado pode piorar o ronco, pois há um maior relaxamento dos músculos da garganta. Um exame chamado polissonografia, que grava e monitora o sono, é o mais indicado para diagnosticar apneia. Ele é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as filas costumam ser grandes.
Dormir com um oxímetro (aparelho que mede a oxigenação) já ajuda o médico a verificar se o paciente tem falta de oxigenação durante a noite. Casos graves podem ser resolvidos com o uso de um aparelho que fornece oxigênio por meio de uma máscara. Mas esse equipamento é de difícil acesso pelo SUS e até pelos planos de saúde. As cirurgias de garganta, por sua vez, são eficientes apenas em casos bem específicos e com a técnica adequada.
Deitar de lado em geral ajuda a melhorar a apneia. Já a posição de barriga para cima favorece a obstrução do ar. Uma dica é usar um travesseiro comprido (aquele de abraçar com braços e pernas) e prender uma bolinha de tênis nas costas do pijama, para que a pessoa se sinta desconfortável e durma sempre de lado.
O programa desta terça também mostrou a história do motoboy Sandro Serrano, que parava de respirar 582 vezes por noite, o equivalente a 77 vezes por hora e mais de uma vez por minuto. A mulher dele se assustava com a cena repetida, que sempre era seguida por um ronco alto.
Fonte: G1/Bem estar

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