quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Estudo Médico (derrame x diabético)

Estudo explica por que derrame é mais severo em diabéticos
Proteína reduz a coagulação quando há uma grande concentração de açúcar no sangue, aumentando a hemorragia

Fator de risco: a presença de níveis elevados de açúcar no sangue pode aumentar a hemorragia durante um derrame cerebra
Cientistas americanos anunciaram ter descoberto por que diabéticos sofrem mais danos durante um derrame cerebral. De acordo com estudo publicado no periódico Nature Medicine, uma proteína aumenta em até dez vezes o sangramento quando os níveis de açúcar no sangue estão elevados. A severidade dessa hemorragia acaba danificando uma região maior do cérebro, aumentando os riscos de morte.
Segundo os cientistas, a enzima plasmática calicreína tem a propriedade de reduzir a coagulação quando há uma grande concentração de açúcar no sangue. Assim, sua ação teria de ser controlada durante o derrame. O exato mecanismo de atuação da substância, contudo, ainda permanece obscuro. “A descoberta é animadora porque sugere que um controle rápido do nível de açúcar no sangue pode conter a hemorragia cerebral, uma situação clínica com tratamentos muito limitados”, diz Edward Feener, líder do estudo.
Um dos resultados da pesquisa aponta que metade dos pacientes que sofrem um derrame hemorrágico agudo é hiperglicêmica, com uma diabete pré-existente ou não. A pesquisa levanta ainda a possibilidade de se desenvolver um tratamento medicamentoso que atue na enzima calicreína, protegendo pacientes com diabetes ou que corram riscos de derrame. A droga seria eficiente também contra o derrame isquêmico, tipo mais comum, que começa com o bloqueio de vasos sanguíneos no cérebro, mas que pode se transformar em hemorragia.

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